quinta-feira, 31 de maio de 2012

LANÇAMENTO BURACO #4

























Há doutas vozes a dizer por aí que é tempo de nos calarmos durante uns meses, de deixarmos que o inexorável correr do destino nos corra a milagres e que para isso existe a fé à venda naquelas velinhas amigas do ambiente. Há quem defenda por aí democracias sebastiânicas porque outra só se for aquela que as nossas preces sumidas pedirem através de formulários, certificados, autorizações, requerimentos, procurações e demais muralhas burocráticas que só servem para nos encaminharem para a casa do início. Há quem diga por aí que não podemos fazer nada senão deixarmo-nos ir à deriva.


Lá no alto, seja ele na Fontinha ou em São Lázaro, o rapaz, a professora, o vendedor, o enfermeiro, a estrangeira, o ladrilhador, a reformada, o homem, a sindicalista, o médico, o picheleiro, a arquitecta, a criança, o desempregado, o reformado, a florista, o electricista, a mulher, o artista, a estudante rejeitam a passividade e as grades, uma e outra sendo a mesma, definidas pela lenta repetição de si mesmas. 

Lá do alto, onde as ideias e as acções não são sempre pela mesma ordem, onde a ordem diz e ouve, onde a voz circula em todas as bocas e onde todos, um a um, têm uma primavera por onde florescer, dissipa-se a neblina e do mastro ouve-se gritar: “Mundo novo à vista!”



E quando assim é não há BURACO a calar nem tempo a perder.



Este sábado, dia 3 de Junho, se subires ao Largo da Fontinha pelas 17h00, encontrarás pessoas como tu à volta de um churrasco traz tu mesmo, de conversas, de ideias, de música (Rita Braga Frankão, Rádio despejo + Hip Hop da Fontinha + Ex-peão + karaoke dos Infernos) e do BURACO #4, onde o Es.Col.A. gira a batuta.



E como o fim não cabe na nossa vista, a levada continua no domingo dia 3, no Gato Vadio, pelas 19h00, onde se partirá de um jantar para uma mostra de vídeos e tertúlia em torno dos projecto de irrigação social Es.Col.A.



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